Microsoft muda estratégia e abre código de produtos


A Microsoft anunciou hoje que abrirá o código de seus softwares e dará livre acesso a alguns de seus produtos, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de programas independentes. Com esta nova estratégia, a empresa segue os passos do Google, que teve grande sucesso ao incentivar os programadores a desenvolver programas para seus próprios aplicativos.

A companhia fundada por Bill Gates disse que propôs iniciar quatro princípios: "assegurar os códigos abertos, promover a portabilidade de dados, aumentar o apoio para os padrões industriais e buscar um compromisso mais aberto com clientes e indústria, incluindo as comunidades de código aberto".

Os princípios serão aplicados ao sistema operacional Windows Vista, Windows Server 2008, SQL Server 2008, Office 2007, Exchange Server 2007 e Office SharePoint 2007, assim como as versões futuras destes programas. A Microsoft tornará pública a informação técnica necessária em seu site e os programadores de software não precisarão pagar licenças nem outras taxas para ter acesso a ela.

"Estes passos representam um avanço importante e uma mudança significativa em como compartilhamos informação sobre produtos e tecnologias", disse o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer. "Durante os últimos 33 anos compartilhamos muita informação com centenas de milhares de parceiros no mundo todo e ajudamos a construir a indústria, mas o anúncio de hoje representa uma expansão importante rumo a uma transparência ainda maior", acrescentou.

Hoje, a Comissão Européia (CE) disse que "tomou nota" do anúncio da Microsoft. Em comunicado, o Executivo da União Européia (UE) disse que avalia "qualquer avanço" que contribua à compatibilidade entre os produtos dos diferentes fabricantes, mas lembrou que a Microsoft já fez anúncios semelhantes no passado.

Universidade americana terá maior rede Wi-Fi do mundo

A maior rede WiFi do mundo, atualmente, tem 1,7 mil pontos de acesso e está na Universidade de Ohio, nos Estados Unidos. Mas o título pode passar para a Universidade Duke, no Estado da Carolina do Norte, que se prepara para receber uma rede 11n com 2,5 mil pontos de acesso.

De acordo com informações no site da universidade americana, a rede (cuja tecnologia foi testada na última primavera) estará em funcionamento muito em breve, cobrindo uma área um pouco maior que 500 mil metros quadrados.

Alemanha terá supercomputador mais potente da Europa

Um centro alemão de pesquisas inaugura nesta sexta-feira o computador mais potente da Europa, uma supermáquina capaz de efetuar 167,3 bilhões de operações por segundo, capacidade superada apenas por um projeto atual do governo norte-americano.

De acordo com o Centro de Pesquisa de Julich, um órgão público, o supercomputador "Jugene" - integrado por 16 postes com as dimensões de uma cabine telefônica e cada um deles com 65.536 microprocessadores em seu interior - é o primeiro do mundo levando em conta apenas os que pertecem a organizações civis.

"Jugene" está destinado os pesquisadores que precisam efetuar cálculos particularmente complexos, como por exemplo nos campos da química molecular ou da climatologia, de acordo com reportagem da agência France Presse.

"Cada processador trabalha com uma pequena parte do problema e transmite o resultado aos outros processadores. Desta forma, com esses processos individuais paralelos, se chega à solução global", explicam os designers do equipamento, criado pela IBM.

Japão lança satélite experimental de Internet

O Japão lançou um satélite de comunicações experimental no sábado, como parte de um ambicioso programa espacial que pode ajudar a garantir o acesso à Internet de altíssima velocidade em áreas remotas do país, bem como em toda a Ásia.

O foguete H-2A, carregando o satélite "Kizuna" (Winds, nome técnico), de 2,7 toneladas, foi lançado da minúscula ilha de Tanegashima, cerca de mil quilômetros ao sul de Tóquio, às 5h55, hora do Brasil.

O lançamento teve um ligeiro atraso devido a um navio que entrou em águas proibidas.

Equipado com três antenas direcionadas para o Japão, o Sudeste Asiático e a região do Pacífico, o Kizuna é conhecido como Wideband InterNetworking engineering test and Demonstration Satellite (Satélite de Demonstração para testes de engenharia em Banda Ampla de Rede de Internet), ou Winds.

O satélite geoestacionário será usado em experiências de comunicação de dados em grande volume e alta velocidade nas montanhas e ilhas remotas com acesso restrito à Internet.

Os cientistas japoneses dizem que o lançamento do Winds, que custou 52,2 bilhões de ienes (490 milhões de dólares) ajudará o país a construir uma das redes de informação e telecomunicações mais avançadas do mundo.

O lançamento ocorreu 12 anos após o início do projeto, devido principalmente a problemas técnicos envolvendo foguetes.

"O Winds ajudará no desenvolvimento de uma sociedade sem exclusão digital, em que todos poderão desfrutar igualmente das comunicações em alta velocidade, não importa onde vivam", disse uma autoridade da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa).

O acesso à Internet via satélite construído no Japão também pode ter aplicação em vários campos, incluindo "medicina à distância", permitindo que pacientes em regiões remotas recebam tratamentos sofisticados com médicos sediados nas zonas urbanas.

O acesso de alta velocidade à Internet terá papel crucial nas comunicações entre áreas atingidas por desastres e agências de resgate no caso de grandes catástrofes naturais como terremotos, afirmaram autoridades da Jaxa.

"A infra-estrutura no solo pode não suportar um grande terremoto, e regiões distantes podem não ter acesso a redes de fibras óticas", disse uma autoridade.

"Nesses casos, o satélite terá um papel importante."

O satélite também poderá ajudar nas comunicações com outros países, disse a autoridade.

"Por meio do Winds, dados podem ser enviados para países da Ásia muito mais rapidamente do que por outros meios", afirmou.

Mas alguns especialistas têm dúvidas sobre a utilidade do projeto.

"Cerca de 95 por cento dos domicílios no Japão têm condição de receber acesso à Internet em banda larga. Então, por que agora?", afirmou à Reuters um especialista em comunicações, pedindo anonimato.

O lançamento do satélite é parte de um ousado programa espacial, que colocou em órbita a primeira sonda lunar do país em setembro passado.

Ansiosa para competir com seus rivais asiáticos, a China e a Índia, em projetos de exploração espacial, a agência espacial japonesa disse que espera enviar astronautas à lua até 2025, embora o Japão ainda não tenha realizado nenhum vôo tripulado.

O programa espacial japonês ficou em frangalhos no final dos anos 1990, após dois lançamentos fracassados do foguete H-2. Em 2003, veio o desastre, quando o Japão teve que destruir um foguete H-2A que transportava dois satélites espiões minutos após o lançamento, já que o foguete saiu de curso.

Windows Media Center traz programação da TV brasileira


O Media Center do Windows Vista agora traz embutida a grade de programação de todos os canais de TV do Brasil. Com o EPG (Electronic Program Guide), é possível programar o Media Center para gravar programas televisivos no PC. "Queríamos ter lançado isso ano passado, mas as dificuldades para conseguir montar a grade de programação eletrônica foram maiores que imaginávamos", comentou Alexandre Leite, Gerente Geral da divisao Windows no Brasil, com exclusividade à Magnet.

Segundo Leite, o principal problema foi a falta de um serviço online de distribuição no Brasil. "Nos EUA e em outros países, a grade é enviada online junto com o sinal da TV e qualquer alteração é atualizada automaticamente. Aqui no Brasil isso não existe, então tivemos que contratar uma empresa para captar as informações das emissoras e atualizar nosso sistema".

A utilização do sistema é bastante simples: o usuário precisa apenas digitar o CEP da sua cidade e escolher o tipo de sinal de TV que recebe (cabo, satélite ou antena) para receber a grade específica da sua região. A partir daí, basta escolher os programas favoritos para assistí-los no PC Media Center ou programar gravações. Obviamente, é preciso que o PC tenha uma placa sintonizadora de vídeo para isso. Todas as cidades que possuem serviço de TV a cabo estão contempladas pelo sistema.

A Microsoft acredita que o EPG vai dar um grande impulso à utilização do Windows Vista como central de entretenimento. "Os usuários de Windows Vista já estavam entusiasmados com as funcionalidades do Windows Media Center. Agora, com o sistema completo, vão gostar ainda mais", diz Leite.

EUA: universidade cria laser mais potente do mundo

Um feixe de laser de intensidade inédita foi desenvolvido na Universidade do Michigan. Mas qual é sua potência efetiva, e para que finalidade ele será utilizado? A Nature ouviu os responsáveis pelo projeto para responder algumas das principais questões envolvendo o tema.

Estamos mesmo falando do laser mais intenso do universo?
Sim. É isso que os cientistas que estão trabalhando no laser "Hercules", da Universidade do Michigan em Ann Arbor, alegam. "Trata-se do laser de maior intensidade que já foi demonstrado", afirma Karl Krushelnick, membro da equipe que está conduzindo a experiência.

A intensidade de um feixe de laser é o volume de energia que ele produz por unidade de tempo e unidade de área. O feixe recordista na verdade tem baixo nível energético - apenas 20 joules, ante os cerca de oito mil que um drops comum armazena - mas essa energia é comprimida em um ponto muito pequeno, com cerca de 1,3 micrômetros de diâmetro, ou cem vezes mais fino que um cabelo humano, por um prazo de apenas 30 femto-segundos (quatrilionésimos de segundo). Assim, o feixe tem uma intensidade duas ordens de magnitude superior à mais alta que havia sido atingida anteriormente.

O feixe também pode pulsar uma vez a cada 10 segundos. Outros lasers, mais poderosos, podem na melhor das hipóteses, pulsar uma vez por minuto, e não podem ser concentrados em um ponto tão pequeno.

Como os pesquisadores conseguiram esse resultado?
Usaram uma técnica chamada de amplificação de pulso trinado. O feixe de laser é distendido com um amplificador óptico que o torna muito mais longo que o habitual, e depois comprimido de volta a um pulso menor. Isso elevou a potência do laser "Hercules" de titânio-safira de 50 terawatts a 300 terawatts, e essa potência foi concentrada em um ponto reduzido a fim de produzir o feixe de intensidade recorde.

É o mais poderoso feixe já produzido?
Não. Existem lasers na faixa dos petawatts, ou quatrilhões de watts. Por exemplo, o laser Astra-Gemini, do Laboratório Rutherford Appleton, em Harwell, no Reino Unido, inaugurado em novembro de 2007, conta com um laser de 0,5 petawatt.

O que será feito com esse feixe superintenso?
Um laser dessa intensidade representa território inexplorado. Os elétrons de qualquer material que o feixe atinja seriam acelerados até perto da velocidade da luz, o que os levaria do mundo da física clássica para o da física relativista ou quântica. Teoricamente seria possível fazer com que elétrons viajem rápido a ponto de aumentar suas massas.

Mas, por enquanto, as aplicações do feixe "Hercules" de alta intensidade provavelmente estarão na melhora da tecnologia de laser atual. Por exemplo, um feixe intenso como esse poderia tornar possível ferramentas poderosas como a fonte de luz Diamond, do laboratório Rutherford Appleton, mas no espaço de um pequeno laboratório, e não de cinco campos de futebol.

Há também a chance de que o feixe de alta intensidade possa ser investigado em termos de poder de fusão. No momento, é possível deflagrar fusão nuclear com um laser de alta energia. Kruselnick diz que o feixe do "Hercules" poderia ser usado para ajudar a compreender a física desse processo.

E se o feixe me apanhar?
"Você sairia seriamente queimado", diz Krushelnick, mas não de modo terrível - lembre-se de que o feixe contém pouca energia e só dura 30 femto-segundos. E você terá 10 segundos para se mover o 1,3 micrômetro necessário a escapar do próximo pulso.

Desconhecido candidato Ron Paul ganha site brasileiro


Natuza Nery
Direto de Nova York

Os pré-candidatos à eleição presidencial nos Estados Unidos invadiram a Internet para conquistar votos e atrair novos eleitores. Alguns deles, porém, ultrapassaram fronteiras digitais e já conseguem atrair algum apoio organizado de blogueiros no Brasil. Se dependesse de internautas brasileiros, a corrida à Casa Branca daria na web menos holofotes aos famosos Barack Obama, Hillary Clinton e John McCain. Chamado pela mídia local de "underdog" (coitado), o pré-candidato republicano Ron Paul teria mais palanque.

Polêmico e em um distante último lugar nas primárias de seu partido, ele é o único presidenciável com blog hospedado em português. "O objeto do site é divulgar suas idéias. Quando vi que a candidatura de Ron Paul estava crescendo, quis fazer o possível para torná-la mais conhecida em nosso país", diz Lucas Mafaldo, sociólogo e autor do site independente Ron Paul Brazil.

Membro destacado da legenda conservadora, as idéias de Paul surpreendem até mesmo o eleitorado mais liberal. Apesar de ser contra o aborto, ele defende a legalização de drogas e critica de forma impetuosa a guerra no Iraque e a política "intervencionista" do governo George W. Bush, que formalmente apóia. Seu colega republicano, John McCain, e os adversários democratas Hillary e Obama não têm o mesmo destaque na Internet brasileira. Eles possuem, no entanto, comunidades de apoio em sites de rede social populares no Brasil.

Nos últimos dois anos, a campanha eleitoral cresceu drasticamente no mundo virtual e se tornou uma importante estratégia para aumentar a base de apoio a republicanos e democratas. Há 15 anos disponível ao público, a Internet ascende a cada dia à categoria de um dos braços mais importantes da política norte-americana, como mostra uma pesquisa do instituto Pew Research Center.

"Aproxidamente um quarto dos americanos (24%) dizem regularmente aprender algo sobre os candidatos pela Internet, quase o dobro do percentual registrado na campanha de 2004", informa a sondagem. Quando o alvo são os jovens, as pesquisas mostram um cenário ainda mais claro: a web já é a principal fonte de informações entre pessoas de 18 a 30 anos de idade na eleição deste ano.

De acordo com o levantamento, populares sites de relacionamento e de vídeos, como o My Space e o YouTube, têm um papel importante na disputa. Cerca de um quinto dos norte-americanos usa esses meios para saber mais sobre a corrida eleitoral. Aproximadamente 41% dos entrevistados afirmaram ter visto ao menos um vídeo da campanha no YouTube.

O pré-candidato Barack Obama tem se beneficiado do uso da Internet. Favorito do eleitor jovem, ele usa a ferramenta virtual como plano para galvanizar o novo eleitorado.

Sem dinheiro para empreender uma campanha tradicional nas emissoras de TV, Ron Paul se apóia na Internet para conquistar votos e diz ter conseguido aumentar sua receita de arrecadação de forma inédita, sem informar números. Todos os sites oficiais dos candidatos estão configurados para coletar doações em dinheiro.

Orkut X My Space
As estrelas da campanha norte-americana também são vistas no Orkut, site de relacionamento que se transformou em um verdadeiro frenesi no Brasil. Segundo a empresa, os brasileiros já representam 55,23 % do total de membros no mundo todo.

No Orkut, Barack Obama é o pré-candidato com maior número de fãs. Atual favorito nas primárias democratas, o senador de Illinois é homenageado por 21 comunidades, incluindo a de nome "Brasileiros por Obama", integrada por parcos nove membros. Assim como nas últimas primárias do Partido Democrata, a ex-primeira dama vem em segundo lugar, com 13 comunidadaes a seu favor.

Enquanto no Orkut a campanha é bastante tímida, os pré-candidatos despontam ativamente no My Space, maior site de relacionamento dos Estados Unidos e do mundo, com mais de 110 milhões de usuários. Nele, as atuais cinco campanhas usam o espaço como um verdadeiro comitê central, vendendo souvenirs e divulgando vídeos, programas de rádio e plataformas de campanha.

No My Space, Hillary Clinton fez o seu último login em 20 de janeiro e já passou a marca dos 43 mil amigos. Obama aparece em segundo lugar, com mais 22 mil contatos. O último login do senador foi no ano passado. Os pré-candidatos republicanos não passam de 5 mil contatos.